A Função Social dos Sacerdotes
Lição 4 - 22 de Julho de 2018
Texto Áureo: Lucas 5.14 E ordenou-lhe que a
ninguém o dissesse. Mas vai, disse, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua
purificação, o que Moisés determinou para que lhes sirva de testemunho.
Leitura Bíblica em Classe: Levítico
13.1-6
Introdução: A lepra é uma doença antiga, a qual contagiou milhares de pessoas
através dos tempos, nos quais a maioria veio a óbito, pois se tratava de uma
doença incurável. Em nossos tempos essa doença já tem cura e deixou de ser algo
assustador como nos tempos antigos. Essa doença também simboliza o pecado no
ser humano, pois ela corrompe o corpo compromete os nervos e tira a
sensibilidade da pele fazendo com que o indivíduo contagiado corra o risco de
se autodestruir sem perceber. Assim também o pecado corrompe o ser humano
deixando-o totalmente insensível à sua própria destruição sem perceber. Assim
como ocorre com a lepra, o pecado vai aos poucos levando o indivíduo a se
degradar fisicamente e moralmente. Deus delegou funções específicas para evitar
o contágio do povo pela lepra, responsabilizando a Arão o Sumo Sacerdote, como
também aos seus filhos, que eram Sacerdotes, para que cuidassem dos casos de
lepra entre o povo. A lepra em nossos dias tem cura, mas o pecado não tem e o
antidoto capaz de removê-lo do coração humano, só Jesus tem com o seu toque
curador pode remover milagrosamente os nossos pecados. (I João 1.7 Se, porém,
andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado). Entendendo que a
lepra é o símbolo do pecado, nós temos o Sumo Sacerdote Jesus Cristo e os seus Ministros
para cuidar dos casos de pecado entre o povo, através da sã doutrina, pois essa
doença que é o pecado, só tem cura através da verdadeira Palavra de Deus, a
qual nos dá o ensinamento de como proceder para que ele não permaneça em nossa
alma.
FUNÇÕES SOCIAIS DO SACERDOTE PARA LIDAR COM CASOS
DE LEPRA.
1. Diagnosticar os indivíduos com alterações suspeitas
no seu corpo físico.
Levítico 13.1 FALOU mais o Senhor a Moisés e
a Arão, dizendo: Levítico 13.2 Quando um homem tiver na pele da sua carne,
inchação, ou pústula, ou mancha lustrosa, na pele de sua carne como praga da
lepra, então será levado a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, os
sacerdotes.
As leis divinas
promulgadas no Sinai e neste caso, as leis cerimoniais que envolviam todo um
ritual de culto ao Senhor, também focava a condição do indivíduo quanto ao seu
estado de saúde no sentido de possível contágio por lepra. Sendo a lepra
incurável naqueles tempos e pior, ela era uma praga que podia se alastrar e
infectar outras pessoas, então Deus ordenou todo um cuidado quanto a isso, e
responsabilizou Moisés e Arão, como também os seus filhos, os quais também eram
sacerdotes, para tratarem desses possíveis casos de lepra, com muito rigor no
sentido de evitar um contágio geral nas tribos. (Gálatas 5.9 Um pouco de
fermento leveda toda a massa).
2. Examinar as pragas
em alguns do povo que podiam ter trazido do Egito.
Levítico 13.3 E o sacerdote examinará a praga
na pele da carne; se o pêlo na praga se tornou branco, e a praga parecer mais
profunda do que a pele da sua carne, é praga de lepra; o sacerdote o examinará,
e o declarará por imundo.
Era função social de
o sacerdote fazer um exame clínico em todos os casos suspeitos de contaminação
das pragas contraídas no Egito. Esse exame era de suma importância para que
essas pragas não viessem a se alastrar no meio do arraial e contaminar aqueles
que estavam sadios. É lógico que para esse exame fosse efetuado com presteza, o
sacerdote tinha que ser necessariamente habilitado para essa incumbência, pois
se não fosse, o povo sadio poderia sofrer sérias consequências, no que se
refere a contaminação, a qual poderia se alastrar perigosamente em todo o povo.
(Jeremias 3:15 E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos
apascentarão com ciência e com inteligência).
3. Separar todo caso suspeito, para constatar
ou não o possível contágio.
Levítico 13.4 Mas, se a mancha na pele de sua
carne for branca, e não parecer mais profunda do que a pele, e o pêlo não se
tornou branco, então o sacerdote encerrará o que tem a praga por sete dias;
Nenhum caso suspeito
poderia passar em branco, pois isso envolvia em caso de negligência colocar em
risco de contaminação, todas as tribos de Israel. Essas pragas, principalmente
a lepra eram doenças incuráveis naqueles tempos, então o sacerdote não podia
fazer melhor, sob as circunstâncias curando enfermidade ou trazendo qualquer
alívio ao enfermo. O seu trabalho social se assemelhava mais inspetor de saúde,
com a missão de examinar o indivíduo suspeito e isolá-lo em casos de contágio,
para preservar a comunidade inteira. No sentido espiritual, toda essa incapacidade
do homem contagiado por essas pragas, a qual é definida como pecado só pode ser
eliminado através de Cristo. (I Pedro 1.18 Pois vocês sabem que não foi por
meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua
maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, 19 mas pelo precioso
sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito,).
4. Acompanhar por precaução o caso suspeito
e mantê-lo em observação.
Levítico 13.5 E ao sétimo dia o sacerdote o
examinará; e eis que, se a praga, ao seu parecer parou, e na pele não se
estendeu, então o sacerdote o encerrará por outros sete dias;
Nessa questão por se
tratar de algo de extrema gravidade, a liberação do suspeito de contágio pelo
sacerdote, não poderia ser precipitada. Mesmo quando o indivíduo aparentava estar
curado deveria haver prudência em no seu diagnóstico pelo sacerdote e nesse caso fazia-se necessário o
prolongamento da quarentena para dirimir qualquer dúvida a respeito. Como todas
essas pragas trazendo para o sentido espiritual simbolizam o pecado que
contagia o homem devemos entender que não se trata de algo superficial que
possa ser resolvido com simples remédios. O pecado é algo interiorizado no
interior do homem dentro da sua natureza decaída, e enquanto ele permanece
assim, nada pode ser resolvido a não ser que o seu coração seja transformado
por Jesus Cristo. (21 Pois do interior do coração dos homens vêm os maus
pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios,
22 as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a
arrogância e a insensatez. 23 Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem
impuro").
5. Declarar após exame apurado se o
indivíduo estava ou não contaminado.
Levítico 13.6 E o sacerdote ao sétimo dia o
examinará outra vez; e eis que, se a praga se recolheu, e na pele não se
estendeu, então o sacerdote o declarará por limpo; é uma pústula; e lavará as
suas vestes, e será limpo.
Após um exame mais
apurado o indivíduo com caso suspeito de contaminação poderia ser declarado
limpo ou imundo. Isso, dada às condições da pele que de acordo com a cor ou
extensão indicaria se estava curado, ou não. No caso da suspeita de lepra ser
confirmada, então o sacerdote o declararia imundo e o indivíduo deveria ficar
em um lugar fora do arraial, para não contaminar os outros. Assim
como a lepra que começando com uma ferida que vai se alastrando e produzindo
nódulos e úlceras, também assim é o pecado, que começa no indivíduo, e se não
for contido, ele se espalhará contaminando toda alma. Tiago 1.15 Então, a
cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez
consumado, gera a morte.